mudam as cores
as flores, os ventos,
até os odores;
a grandiosidade de cada dor,
mudam nas correntes invisíveis,
que a despeito de nos prenderem,
indicam caminhos de leveza
e liberdade,
mudam outras correntezas,
dos mares e dos amores,
carregam tristezas e virtudes,
deleites e maldades,
mudam meus olhos
q veem iguais sementes
lançadas em campos diferentes
florescerem ardores semelhantes
e suaves,
mudam todas as intempéries,
que se renovam bons ventos,
árvores, cactos, marés,
veios que se abrem
em desafio à imensidão,
tudo muda e meu coração
também; mas seu sangue será sempre vermelho
de abundância e sofreguidão.
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