segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ensaio I

Meu pensamento é um objeto desejado,
horas pelejo para encontrá-lo;
muitas vezes se bate em mim
como onda na ressaca

Me gasto inteiro,
na discreta explosão do fósforo,
- não existe mais poesia que interesse –
gasto meu último verso para defender
o indefensável,
e o mundo inteiro se diverte
ao me ver arder
ensandecido pela rua,
meio palhaço,
meio louco,
embriagado de um silêncio estrondoso
e de uma imensa paralisia...

Um comentário:

  1. Uau...Forte esse texto. Os silêncios estrondosos, barulhentos, incômodos sempre me emocionam. São verdadeiros tornados travestidos de brisa do mar.

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